Foi nossa primeira reunião em novo horário as 7:00 PM e novo endereço 265 Beach st, Revere, MA.
Ana Henrichs e Malu Lopata são as psicólogas que orientam as mães desde o nascimento do grupo de mães, elas dizem:
“Desde que o grupo foi fundado e as reuniões começaram acontecer, identificamos uma serie de necessidades para as famílias com crianças diagnosticadas com autismo. Com o apoio da empresa North Suffolk Mental Health Association, essas necessidades estão sendo consideradas e avaliadas pela diretoria da empresa. E em decorrência disso a empresa esta considerando criar e disponibilizar recursos como: avaliação diagnostica para o autismo, serviços de terapia comportamental em casa, como também terapia comportamental em consultório. Assim que serviços forem implementados vamos divulgá-los no grupo e assessorar as famílias como obter.”
As reuniões não acontecem mais na minha casa, porque agora ganhamos o apoio da empresa North Suffolk Mental Health Association. E as reuniões estão sendo feitas em seu escritório. Foi uma reunião muito boa, ganhamos uma pasta para arquivar todo o nosso material de pesquisa e estudo. É importante as mães não esquecerem seu material de estudo em casa. Estamos organizando e adaptando nosso grupo as necessidades das mães. Por isso é necessário a participação das mães nas escolhas e tomadas de decisões.
O que achou de positivo?
E o que achou de negativo?
O que você acha que precisa ser mudado?
Com essa pesquisa pretendemos criar serviços e, melhor atender as mães.
Algumas diretrizes estão sendo debatidas no grupo, e há um padrão a ser seguido. Também começamos uma pequena introdução a um assunto que será continuado na próxima reunião.
O tema citado foi: Comportamento.
Um tema muito interessante para qualquer mãe, e um desafio ainda maior para mães de filhos com autismo.
O que é comportamento?
Definição do dicionário: “Comportamento é o conjunto das reações que podem ser observadas num individuo, estando esta em seu ambiente, e em datas circunstanciais”. Portanto, não é aquilo que eu faço, mas sim o que os outros observam daquilo que eu faço. Por esse motivo há tantos conflitos gerados no assunto comportamento. Pois é observado por diferentes pontos de vistas. Se o comportamento é adequado ou não, é uma questão de percepção do observador e de seu julgamento. Tudo isso é subjetivo. O desafio agora é criar um padrão para reduzir a subjetividade.
Comportamento pode ser mudado?
Pode sim. Não estou falando sobre a personalidade, que isso é algo constituído nos primeiros anos da infância. Mas o comportamento pode sim ser modificado, e a essência para essa mudança é o estimulo.
Como educar nossos filhos?
O mais difícil de lidar com o comportamento da criança autista é quando elas ficam frustradas. As famosas “birras”. Embora ruidosas embaraçosas (principalmente em publico) esse comportamento é a manifestação da vontade da criança, e conseqüência de sua frustração. Esse comportamento difere de uma criança para outra, sendo que algumas contestam mais os limites e as regras impostas pelos adultos do que outra. Choram, gritam, dão chutes, se jogam no chão, atiram brinquedos, objetos, mordem. Ou as que batem a cabeça e se machucam propositalmente. Elas fazem isso, porque perceberam que é possível ter vontade, agora se essas vontades estão sendo satisfeitas, elas já conseguiram manipular os pais.
Deixando de lado o volume do choro, e dos gritos. Sem levar em conta o desanimo e a impaciência que desperta nos pais, há um lado positivo nesse comportamento. No fundo, nada mais é do que uma manifestação saudável das emoções, sentimentos, vontades e necessidades das crianças. Afinal, elas não sabem como expressar-se, e muitas delas não se comunicam.
Evite ceder às vontades das crianças no momento em que ela tem esse tipo de comportamento. Se não você poderá passar a mensagem a ela de que esse comportamento é perfeitamente normal e aceitável para elas obterem aquilo que desejam, e pior.
Terá inicio um ciclo vicioso que se tornara cada vez mais difícil diminuir e controlar esse tipo de comportamento tão desagradável.
E não cedendo a esse comportamento com consistência você ira mostrar as crianças, que existe um tempo para tudo, ou seja, não pode ter tudo àquilo que pretende, e na hora que deseja. Existem regras e limites que tem que ser respeitados, e que elas têm que aprender a lidar com suas próprias frustrações, e precisam saber esperar pelas coisas que querem ter.
A melhor maneira de controlar o comportamento muitas vezes ate agressivos de uma criança autista, é:
Mantenha a calma. Talvez a coisa mais difícil de fazer no meio de um momento tão caótico, mas é eficaz. Com essa atitude você ira contribuir com os dois comportamentos, isso porque as crianças imitam muito facilmente o comportamento dos adultos, seja o positivo ou o negativo. Respire fundo, não eleve a voz, não cedam às nervos, seja claro e de o bom exemplo.
Ignore-a. Pode parecer incoerente, e um pouco desumano ignorar a criança no momento de mais frustração que ela esta passando. Mas no fundo, finja que a ignora, não responda a criança, não olhe para ela, não de atenção a esse comportamento. Nas primeiras vezes que tentar pode não ter um resultado esperado, e ainda um inesperado da criança aumentando ate a intensidade (tudo para chamar sua atenção), mas se o fizer com consistência, você ira conseguir controlá-la e esse comportamento ira diminuir, porque a criança ira perceber que não estão a surtir efeito.
Não use a forca física com a criança. Porque esse tipo de comportamento já é em si tão “violento” e descontrolado que bater na criança apenas ira apenas piorar a situação. Alem disso, as crianças podem esconder outros cenários: cansaço, fome, estresse, o que significa que o mais importante nesse momento é reconquistar a estabilidade.
Deixe a criança sozinha. Se esse comportamento acontecer em casa ou em outro ambiente familiar. E essa sua atitude não colocar a segurança da criança em risco. Experimente distanciar-se da criança, deixando-a sozinha durante alguns minutos ou segundo. Aproveite respire fundo e conte ate 10. Claro que uma criança nervosa só poderá fazer estragos, por isso, controle esse tempo conforme sua idade. Os especialistas apontam um minuto para cada ano da criança (se a criança tiver 4 anos, não a deixe sozinha mais do que 4 minutos). É uma espécie de castigo que funciona muito bem porque, não tendo “audiência” a criança vai se acalmar mais facilmente.
Seja consistente em sua atitude: Não ameace com o castigo que não vai conseguir cumprir. “Time out”:
Se optar por essa estratégia ameaçadora, mas sem conseqüência reais, a criança não terá problema algum em repetir o comportamento negativo. Uma criança tem que estar ciente das conseqüências que possam ter das suas ações, boas e mas. Da mesma forma que deve ser elogiada quando fizer uma boa ação, tem que ter uma conseqüência se bater no irmão.
Uma das estratégias mais utilizadas é colocá-las em “time out”. As crianças detestam esse tipo de castigo, e normalmente se acalmam, pois estão ansiosos para sair para brincar, e começam logo a pedir para sair com promessas de bom comportamento!!!
Em casos das famosas “birras” persistentes, são aquelas crianças com pulmões de sopranos e pilhas que não tem prazo de vida, esses comportamentos não cessam e tendem a piorar.
Nesses casos, é importante estabelecer o contato físico com a criança, abaixe-se no mesmo nível dela, pegue ela no colo, com a intenção de acalmá-la, sem ceder ao seu pedido. Concentre-se no seu estado emocional e não na sua exigência, falando com ela tranquilamente, de preferência sobre outras coisas. Felizmente, essa fase é passageira, à medida que a criança vai se desenvolvendo e aprendendo a se comunicar. No entanto, se sentir que as birras da sua criança se tornam mais freqüente e não dão sinais de abrandamento, procure ajuda de um profissional.
Obrigada ao apoio profissional:
Ana Henrichs e Malu Lopata, elas trabalham prestando assistência psicológica as famílias vivenciando situações de crise, como também auxiliam as famílias ao acesso a serviços comunitários.
In-Home Clinician
Community Support Agency
North Suffolk Mental Health Association
Child and Family Services
Office: 617 912-7795
Fax: 617 912-7787
Obrigada a presença das mães:
Andiara Oliveira, Juliana Fonseca, Renata Sales, Kelly Cianflone, Tatiana Souza, Luzilenia Coelho, Rita Mota, Vanilde Ferreira e Fernanda Rocha
Proxima reunião sera Quarta-feira 06 de abril de 2011 as 07:00 PM