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30 de abr. de 2016

Reunião de #66 Sexta-feira, 29 de Abril de 2016

Essa reunião foi inspiradora e motivacional. A apresentação foi conduzida por Mike Mayer, um jovem autista que emocionou nosso encontro contando sua historia de vida.
Tema: Através dos olhos de um jovem autista.

Entrevista no canal WBZ 4 com Mike Mayes

Entrevista no canal WBZ 4 com Mike Mayes
Biografia: Mike Mayes foi diagnosticado com autismo aos 18 meses, graduou-Mitchell College, em 2013. Mike trabalhou como orientador em sala de aula e líder dos jovens no verão. Mike sofreu bullying durante o ensino escolar, mas com coragem e determinação, ele superou os efeitos dessa humilhação. Como resultado, ele manifesta seu profundo compromisso em ser aceito pelo que ele é, uma pessoa com autismo. Mike tem sido um palestrante motivacional para as organizações Autism Speaks, à Fundação Flutie e para a Mass Advocates. Mike tem demonstrado que com trabalho duro, comprometimento e perseverança pode conseguir o sucesso.

Mike foi diagnosticado com autismo aos 18 meses no Children Hospital. Começou a falar após os 7 anos de idade. Mike estudava em Marshfield, ele teve uma  assessora maravilhosa, chamada Sra. Ridge, ela ensinou-o perceber quando uma criança estava sendo malvada. As crianças eram dissimuladas, esperavam a oportunidade dele estar sozinho para intimidá-lo. Jason e Mike eram alvos. Jason tem Asperger e Mike autismo.

Mike fez parte do Primeiro Conselho de Juventude Estadual do Governador Patrick Deval em Massachusetts. Ele ajudou na elaboração de leis do projeto anti-bullying. Seu apoio foi fundamental para os senadores e representantes entenderem o que é bullying e o impacto nos alunos com deficiência. Participar desse projeto também foi importante para fortalecer a tua autoestima, ele descobriu o sentido da amizade, aprendeu a confiar nas pessoas e não sentiu se julgado, por ter autismo, e sim respeitado por quem ele é. A maior parte das pessoas que participaram do Conselho da Juventude teve algum problema que tiveram que superar.

Mike disse: “Não vai ser nada fácil, suas crianças vão passar por períodos difíceis, mas é importante ir para a escola pública, isso irá torná-las mais fortes, essa experiência vai ensiná-las a como aprender a se defender. Apenas certifique se de que elas tem o apoio correto e necessário.

O impacto do bullying e as humilhações sofridas no período do High School, podem ter efeitos negativos e ser devastadores na vida das pessoas. Algumas pessoas ficam fisicamente, emocionalmente e mentalmente machucadas, é muito humilhante e vergonhoso. Algumas apresentam alteração na forma de agir, tornam-se tímidas ou ficam relutantes em acreditar nas pessoas, perdendo totalmente a confiança nos relacionamentos sociais. Outros sinais e reações da pessoa que esta sofrendo bullying seria evitar ir a lugares onde eles foram intimidadas ou poderiam ser agredidas, limitando as atividades sociais.

Os pontos mais vulnerais a acontecer bullying nas escolas são: Corredores, banheiros, cafeteria, estacionamentos da escola, quadras de esportes, atividades depois da aula e ônibus. Qualquer lugar onde os provocadores sabem que podem se safar. Horas sem estrutura são perfeitos cenários para os valentões, como recreio/ almoço ou quando os supervisores/ adultos não estão prestando atenção ou não estão olhando os estudantes que poderiam ser vítimas.

Qualquer pessoa pode sofrer bullying, a vitima sempre esta sozinha. Os alunos com deficiência têm de 3-4 vezes mais probabilidade de ser intimidado do que os alunos não-deficientes (Resultado de um estudo sobre bullying feito pela Mass. Advocates). Qualquer pessoa pode ser um provocador/ agressor: Atletas, professor e treinadores.

Mike disse que sofreu bullying por muitos anos e não contou para seus pais, nem para seus professores. Ele não queria entrar em problemas por ser dedo-duro e fofoqueiro. Ele tentou ignorá-los, pois tinha medo de se defender. Era muito difícil para ele pedir ajuda, porque ele é autista, tinha dificuldade para falar, era muito complicado para ele explicar o que estava acontecendo. Ele pensava que as pessoas não acreditariam nele, porque não conseguia falar claramente e não era tão rápido quanto os outros alunos.

Ele demorou muito tempo para entender sarcasmo, dissimulação e quando as pessoas estavam fazendo piadas. Foi difícil perceber se as pessoas não estavam sendo boas ou maldosas. Ele entenderia se alguém tivesse dado uma rasteira, ou um soco, mas compreender as palavras e, a linguagem corporal e as intenções das outras pessoas eram à parte mais difícil para ele e para pessoas autistas em geral.

Quando se sentia confuso ou com raiva, ele consultava com o orientador/ conselheiro da escola. Mike confiou nele, pois sabia que ele não poderia mentir. Mike tinha livre acesso para vê-lo sempre que aparecesse a necessidade.

Atualmente os pais podem pedir proteções nos IEP’s: Para ensinar aos alunos  a reconhecer o que é o assédio moral e o que é bullying. Os alunos também podem aprender quem é, e quem não é amigo. Podem ser ensinados a defender-se. Ser ensinados a denunciar o bullying para professores, pais, para outros alunos e administradores escolares. Se os alunos relatam o bullying, é contra a lei a revanche contra eles.

Hoje em dia existem leis que protegem os estudantes de intimidações, as escolas têm inúmeros planos de prevenção de violência desde 2010. Proteções para os alunos com deficiência (Leis de Direitos Civis-504); Proteções no IEP para os alunos que estão em risco de ser intimidado, porque eles têm autismo ou porque têm problemas sociais relacionados com a sua deficiência.

Conselhos da mãe de Mike, Catherine Mayes:
A coisa mais importante na opinião de Catherine é se nós mães acreditarmos em nossa criança e ajudar a provar para o mundo o potencial dela, esse é nosso trabalho mostrar ao resto do mundo o que nossa criança pode fazer e não por foco no que ele não é capaz de fazer.
O que fez a diferença foi o diagnostico precoce. Ela passou por todas as fases que todas nós passamos. Culpa, medo e busca de informações para ajudar o desenvolvimento de Mike. Também teve momentos de duvidas muito semelhantes aos nossos.
Será que um dia ele vai falar?  Ele vai ter amigos? Será que ele vai se casar?
Os médicos disseram que não sabiam. Essa resposta foi devastadora na opinião dela.
Mike estava recebendo os serviços de intervenção precoce, onde tinha Terapia Física, Terapia Ocupacional, fonoaudiologia e seus pais tiveram um consultor educacional por 19 meses.
Junto com alguns pais da intervenção precoce começaram um grupo de apoio aos pais, e com isso compartilhavam informações e contatos, ainda são amigos. Participou de vários treinamentos com estudos de formação, workshops, conferências. Informação foi fundamental.
O Programa de Educação Especial da Cidade era terrível, então, Mike foi para o programa, Colaborativa intensiva, utilizando técnicas do ABA, ela Sabia que precisava ter programa intensivo com pessoal especializado e treinado para Mike fazer progressos.
Ela pressionou a escola para que ele participasse da integração em classes do ensino regular, com apoio correto de um assessor 1 a 1 muito experiente e dedicado a colaborar para Mike alcançar o currículo.
Na primeira serie Mike foi totalmente incluído em sala de aula regular de ensino fundamental, com a colaboração do programa de autismo.
A família de Mike sempre foi muito presente ativa na escola e na comunidade. Catherine mudou seu trabalho e diminuiu a carga horária a fim de dedicar mais tempo ao seu filho. Hoje ela é uma das
Advocates do MAC e ajuda a outras famílias com crianças com deficiência.
Sua mãe sempre teve a preocupação de inclui-lo, então ela foi uma das líderes de escoteiros, e seu pai era um dos treinadores de beisebol. Os pais de Mike trabalharam muito para ajudá-lo a integra-lo e fazer parte da escola e da comunidade sem ser discriminado.                                               

Fundamental e necessário para o sucesso de Mike:

  • O diagnóstico precoce.
  • Serviços intensivos de intervenção.
  • Programação escolar com pessoas que sabiam o que fazer.
  • Persistência e bons profissionais para apoiar.
  • Pessoas respeitando Mike por seus pontos fortes.
  • Envolver-se com as escolas, fazer parte do PAC.
  • Esportes, atividades onde Mike poderia participar interagindo com os colegas.
  • Conselho da Juventude.
Você pode entrar em contato com Catherine, acessando o site:
Massachusetts Advocates for Children
25 Kingston Street, 2
andar
Boston, MA 02111
Fone: 617-357-8431
Helpline: 617-357-8431 ext. 224
Email: info@massadvocates.org
Fax: 617-357-8438
Catherine Mayes
Advocate x241
Autism Center

Obrigada a presença das mães:
Leonardo Alves, Denise Leite Alves, Flavia Souza, Sinvaldo de Souza, Camila da Silva, Ana Pula Lopes, Julia Lopes, Leticia Mendonca, Lays Lima, Marcia Bernardina, Marcia Gardette, Clayzimara Simoes, Vanio Simões da Silva, Lucia Rigo, Fernanda Gazzoni, Cristina Matos, Elaine Bastianelli, Jazmin Ruiz, Sizinay Dias Katia Abreu, Marcia Matos, Geralda Batista Goncalves, Nair Almeida e Fernanda Rocha.     
Palestra Motivacional
Mike a luz de nossos medos
Fernanda, Mike, Nair, Elaine & Geralda
Gabriel, Fernanda, Mike & Cristina
Lays, Mike & Fernanda Rocha
Aparelhos de tradução simultâneo, servindo com amor, qualidade e profissionalismo ao nosso grupo


2 comentários:

  1. O que dizer sobre a participação da Fernanda Rocha para que autistas e familiares tenham informações acerca de terapias e direitos?
    Fernanda começou seu trabalho dentro de casa e expandiu ao criar o blog. Trabalha e pesquisa incansavelmente para que todos tenham melhor qualidade de vida, principalmente qualidade de vida emocional.
    Fernanda, você está de parabéns pelo trabalho realizado.

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    1. Obrigada Oswaldo eu tenho um grande sonho de ver as crianças e famílias tendo uma vida digna e respeitada na comunidade...Obrigada por seu carinho...

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