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29 de fev. de 2016

Reunião de #64 Sexta-feira, 26 de Fevereiro de 2016

Essa reunião foi um sucesso! Esse grupo de participantes são muito participativos e interessados em todos os assuntos relacionados com suas crianças. A apresentação foi conduzida por Fernanda Rocha. Tema: (Aceitação x Conformismo - Índice de divórcios em famílias de crianças com autismo/ Filho especial não é castigo de DEUS).

Biografia: Fernanda Rocha é casada e mãe de duas crianças com autismo. A condição das crianças transformou sua vida, diante de uma aparente adversidade ela resolveu ir à luta para fazer a diferença na vida dessas crianças. Fundadora do primeiro grupo de apoio as mães de filhos com autismo do Estado de Massachusetts, na língua Portuguesa com o nome: “O Dom Especial de Ser Mãe”. Com a criação do grupo Fernanda começou a escrever um novo capitulo na historia de muitas famílias. Ela atende as mães diariamente por telefone, ou com visitas previamente agendada, encaminhando ou buscando soluções a todos os tipos de necessidades. Trabalha a quase 6 anos como voluntária defendendo os direitos das crianças com necessidades especiais, atua como consultora educacional. É Presidente do PAC do Distrito de Everett. 

“Essa matéria é um resumo da apresentação de slides de Fernanda, não contém detalhes, explicações ou respostas das perguntas feitas na reunião.”

 Agora que você já compreendeu o que é aceitação vamos entrar no nosso tema.

Aceitação x Conformismo

 É fundamental na vida é entender a importância da diferença entre ACEITAÇÃO e CONFORMISMO. A diferença é total. Um traz paz interior e proporciona a mudança, o outro traz uma insatisfação e estagnação.

Aceitação: Traz paz interior e ao mesmo tempo permite que você faça tudo o que esta ao seu alcance para mudar a situação. Nesse processo você muda seus padrões de entendimento, você toma consciência que é inútil ficar lutando com algo que o fará vítima, para sempre. A aceitação é baseada em uma grande sabedoria interior.

Passe tempo de qualidade com sua criança e observe quais as necessidades dela:

Apresenta alguma necessidade?
problemas motores, físico, equilíbrio, gastro intestinal, alimentação, disfunção do processamento sensorial, comunicação, comportamento ou interação social, emocional entre outras?

Participe ao máximo de palestras, cursos e treinamentos
Se envolva na vida escolar. 
Aprenda inglês, ou sua criança será muito prejudicada por mais essa barreira.
Seu status migratório não pode ser um  impedimento para lutar por seus direitos.

Infelizmente, nos tempos modernos, muitos casamentos terminam em divórcio ou separação. Esta estatística aumentam ainda mais quando você agrega uma criança autista. Não importa o quão amoroso e compreensivo você seja para com o seu filho, a verdade é que o autismo é uma questão muito difícil, e a pressão sobre o casamento se instala e é muito forte. Se você aceitar a situação de seu filho e buscar forças para enfrentar com otimismo, ficará mais fácil trabalhar para manter seu casamento saudável. Dessa forma você e seu esposo podem evitar problemas conjugais e sobreviver aos tempos difíceis de criar uma criança autista.
É muito importante a comunicação e o dialogo entre o casal. É extremamente importante que o casal se comunique em tudo, principalmente na maneira de criar e educar os filhos, independente da deficiência dessa criança, cada um tem um estilo, e vieram de famílias diferentes ou culturas diferentes, que dificulta ainda mais o entendimento se não houver a comunicação.
Fale com amor: Uma das formas mais eficientes para resolver conflitos, pois as mudanças não acontecem do dia para a noite. É necessário plantar uma semente e cultivar para que ela dê frutos, com o tempo você vai conseguir mudar isso. Leva tempo, mas uma das formas mais eficientes das pessoas te ouvirem é: Falar na 1ª pessoa.
Por exemplo: Você nunca vai dizer a ele: - Você me magoou! Mas sim dizer: Eu me sinto magoada. Então quando você for ter uma conversa com o marido você use essa dica como rotina.  Fale sempre na primeira pessoa você pode dizer: Hoje eu estou tão triste, tão deprimida, porque eu fui ao médico sozinha, escutei isso e não consegui falar o inglês. Que é bem diferente de você dizer: Você nunca vai comigo e eu tenho que fazer tudo sozinha.

Marido seu apoio é essencial para o equilíbrio emocional da esposa e fundamental para o progresso da criança.  Você não precisa trabalhar estimulando o desenvolvimento de sua criança, nem fazer cursos ou treinamentos. Você precisa apenas ouvir com alegria e atenção, e nos momentos difíceis não precisa nem palavras, apenas um abraço e saber que seu apoio é incondicional.

Mulher jamais desautorize seu marido em relação a sua criança, se ele grita demais, se não sabe falar da forma que você gostaria, afaste-se por alguns minutos, volte apenas no momento em que a situação estiver sob controle, e longe das crianças você pode conversar com ele. Sem acusar!
Crianças especiais precisam do pai e da mãe unidos, eles entendem e percebem tudo em volta, a única diferença e que não sabem se expressar. Não desista da sua família
·      Seu marido é um grosso, não sabe falar? A criança precisa desse homem das cavernas.
·      Ele é um boca aberta? A criança precisa desse banana.
·      Não tente modificar seu marido, pois isso não é trabalho seu… Deixe para Deus e peça para ELE todas as modificações.
Quais são os seus defeito? Guarda dentro de uma mochila e carrega nas costas onde não consegue ver? E as qualidades carrega no colo?

Sempre lembre-se por que vocês se casaram? Fazer essa pergunta a si mesmo, isso permite que você se concentre nas coisas boas de seu casamento. Educar uma criança com autismo é estressante e, quando estamos estressados, temos uma tendência maior para reprovarmos a outra pessoa, por qualquer motivo. Em vez de focalizar nos defeitos, seria melhor reservar um tempo para desfrutar um ao outro da maneira em que ocorria no início do relacionamento. Chamo esse intervalo de tempo de casal, quando se fica nem que seja por cinco minutos só os dois, lado a lado, sem os filhos.
O casal em harmonia, ao invés de constantes argumentos ou discussões , consegue poupar muitos esforços na execução dos cuidados que uma criança autista requer. Num casamento, é muito provável que cada um tenha ideias diferentes sobre o que fazer em determinadas situações. Ao trabalhar em conjunto, lembre-se que você está dando o seu filho as melhores oportunidades. Tente reservar um tempo para passar juntos como casal e também como família, especialmente se um dos pais é o cuidador principal.
Por último, peça ajuda claramente, não espere que o OUTRO, seja quem for ele, adivinhe que você precisa ou quer ajuda nesse momento ou em uma tarefa específica. Parte de qualquer casamento bem-sucedido, ou convivência familiar harmoniosa, requer despender algum tempo para focar em si próprio, atender as necessidades individuais. Todos nós precisamos desse refresh e não é diferente quando somos pais de uma criança autista. No entanto, quando o casal, ou um dos cônjuges, só se sentem feliz nos momentos em que estão ocupados com sua próprias necessidades, é hora de reavaliar a situação. Um treinador/ terapeuta familiar ou de casal pode ajudá-los a voltar no caminho certo para uma vida feliz.
Lembre-se que criar uma criança sem nenhum comprometimento, responsabilizar-se por seu desenvolvimento não é uma tarefa fácil, muito mais difícil com uma criança autista. Por isso, fazer parte de um grupo de apoio,  é um benéfico para conhecer outros pessoas com situações semelhantes. Você não está sozinho, e nunca é fácil.




Qualquer que seja sua dor ou sua adversidade, você não esta sozinho. Ha muitas pessoas na mesma situação que a sua, basta olhar a sua volta. E no momento que sofremos mais Deus nos carrega no colo.


Obrigada pela presença:
Lialian Nakamura, Leticia Mendonca, Edson Mendonca, Camila da Silva, Nair B. Almeida, Geralda de Fatima Batista Goncalves, Ana Paula Lopes, Elaine Bastianeli, Joao Paulo, Washington dos Santos, Marcia Bernardina, Marcia Gaudette, Marcia Matos, Tadeu, Julia Lopes Stombollie, Maria Alberty de Andrade, Neusa Maria da Silva e Fernanda Rocha.

Obrigada ao nosso convidado especial Pe. Miguel que aceitou gentilmente nosso convite.





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