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2 de ago. de 2012

Reunião de #21: Quinta-feira, 26 de julho de 2012

Essa reunião não aconteceu na data prevista, foi adiada para a semana seguinte, por motivo de saúde da palestrante. Foi uma reunião muito produtiva, informal e descontraída. Todas as mães presentes puderam ter a oportunidades de tirar suas duvidas com a Psicóloga. E por cumprir uma das diretrizes do nosso grupo, a confidencialidade, não podemos comentar nenhum exemplo falado na reunião.
O Tema: Comportamento esse tema por ser extenso será divido em duas reuniões. Apresentação foi conduzida pela Psicóloga Ana Henrichs, sempre de forma muito objetiva e com seu jeito descontraído nos deu dicas muito valiosas para algumas questões do comportamento diário de nossas crianças. Quem perdeu a primeira parte poderá participar da segunda parte sem prejuízo nenhum e ainda ter uma pequena síntese do que foi trato na primeira reunião.

"Como é difícil educar os filhos, impondo limites e regras numa sociedade tão liberal e com o acesso do mundo pela internet dentro das nossas casas. Para quem tem filhos especiais o desafio é ainda mais difícil. Como saber separar o que é do diagnostico e o que é típico da idade. O segredo é educar com amor respeitando as limitações de cada criança. Buscando sempre ajuda de um profissional."
Para as mães de filhos especiais é necessário ter em mente uma questão bem clara:
O que esperamos para nossos filhos?
Porque a maneira que você enxerga seu filho, será a maneira que o mundo ira enxergar-lo. Se você quer que as pessoas tratem seu filho de maneira natural, comece de você a educá-lo de maneira natural. Sem nenhum privilegio, ou sem dar desculpas para alguns comportamentos inadequados. Pois o mundo não é somente feito de pessoas especiais e precisamos prepara nossas crianças para viver em sociedade, e que nesse convívio existem algumas regras que precisam ser seguidas.
Exemplo mais comum que os pais dão para alguns comportamentos dos filhos:
Se sua criança esta tendo birras ou comportamento inadequados, não dê desculpas!!! Ah! Ela esta com sono, ou esta cansada, não dormiu direito, esta com fome. Todas essas frases nos ajudam a adiar um problema que mais cedo ou mais tarde teremos que resolver. Procure ajuda do nosso grupo de mães, com isso você terá o apoio profissional da nossa psicóloga e recebera ajuda de como acessar a serviços e treinamentos que irão ajudar você a resolver questões diárias.
Para fazer uma analise do comportamento de uma criança com autismo deve ser feita de maneira individualizada e voltada para a história de vida de cada criança. Somente após essa avaliação pode se observar em que contextos a criança apresenta certos comportamentos. A partir deste conhecimento temos base para ensinar e reduzir os comportamentos inadequados que acabam apresentando pela ausência de outros comportamentos adequados aceitos socialmente. Comportamentos apropriados ajudam as crianças na adaptação e inserção social.
Não há limite no aprendizado de uma criança ou em seu diagnóstico, o autismo é um transtorno de origem genética que causa dificuldades e atrasos no desenvolvimento verbal e social.  O profissional a atender essa criança necessita apresentar métodos de ensino especiais, desenvolvidos para o perfil e adequados às dificuldades da criança.
Então, quando a criança não consegue aprender não é porque ela é incapaz, e sim porque há falhas nos métodos e nos procedimentos aplicados, que devem ser revistos até que se alcance as metas do aprendizado.
A intervenção do comportamento nas crianças: 
  • Redução ou extinção de comportamentos inadequados.
  • Ensino de comportamentos adequados. Reforço do comportamento positivo.
Redução ou extinção de comportamentos inadequados:
Os comportamentos inadequados são prejudiciais para a adaptação da criança ao meio social e para sua qualidade de vida. Para diminuir esses comportamentos inadequados o analista do comportamento deve orientar, treinar familiares e profissionais que atuam com a criança a também mudarem certas conseqüências que servem como reforço positivo a comportamentos inadequados.
Exemplo: No momento em que a criança se machuca propositalmente, faz birras para ganhar atenção da mãe, ou obter o acesso a algo de seu interesse. Imediatamente a mãe pega a criança no colo para evitar que ela se machuque. O ato da mãe de carregar a criança passa a ser estímulo de reforço positivo a um comportamento inadequado. 
Se eu quero eliminar comportamentos inadequados mantidos por atenção, uma das coisas a se fazer é aumentar a atenção a comportamentos adequados com abraços, beijos e elogios de hora em hora.
A cultura brasileira tem por forma tradicional para enfraquecer ou extinguir comportamentos inadequados, a utilização da punição “bater, broncas, castigos, etc.” Mas esta não é a melhor alternativa, a punição reduz temporariamente esse comportamento.
A punição gera efeitos prejudiciais e indesejados como medo, insegurança ou fuga para evitar fazer algo. Este tipo de atitude pode eliminar um comportamento inadequado, mas não ensina o que a criança deve fazer para obter o que deseja. Outro ponto negativo, é que as crianças imitam os comportamentos dos adultos e, se observarem agressão, vão imitar agressão também. A criança que apanha aprende a bater no amiguinho.
É por todos estes efeitos negativos da punição que optamos por não utilizá-la. Buscamos, então, reduzir a freqüência de comportamentos inadequados até eliminá-los.

Ensino de comportamentos adequados. Reforço do comportamento positivo.
Por exemplo: Se uma criança faz birras com a função de comunicação. Ela esta com fome e não falar ou não sabe como ter acesso a objetos, atividades ou alimentos do interesse. Não podemos simplesmente extinguir um comportamento de uma criança, sem ensinarmos outro comportamento mais apropriado. Temos que ensinar para ela um comportamento adequado que possa gerar acesso a itens de interesse e que vai se tornar a nova comunicação desta criança. Podemos ensinar uma forma de comunicação efetiva com alternativas visuais através de fotos, figuras ou por sinais, o importante é que a criança seja compreendida. Com isso são instalados e fortalecidos com estímulos de reforço positivo (prêmios, doces, adesivos, aplausos, etc.) comportamentos adequados aumentando em freqüência e substituindo os inadequados.

Obrigada ao apoio profissional:                                                                                  
Ana Henrichs: Ela trabalha prestando assistência psicológica as famílias vivenciando situações de crise, como também auxiliam as famílias ao acesso a serviços comunitários.
Rhea Smith: ela trabalha prestando assistência e defesa as famílias, especialmente para aqueles que falam Português.
Obrigada a presença das mães: Andiara Oliveira, Arinda Taylor, Cristina Oliveira, Fernanda Rocha, Marlei Bassegio, Marlene Batista, Monica da Silva Vieira, Renata Silvano, Sara Negrini, Vanilde Ferreira.
A próxima reunião será: Quinta-feira: 31 /agosto / 2012, as 07:00 PM
Local: 529 Main Street, suíte 1102, Andar: M1 sala 1M3 Charlestown, MA 02129. O estacionamento é Gratuito. Apenas avise na portaria que você veio para uma reunião na Federação. Para quem vai de trem é a linha laranja e a Estação é a Sullivan Square