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14 de nov. de 2012

Reunião de #24: Quinta-feira, 25 de Outubro de 2012

Essa reunião foi maravilhosa. Tema: A história de Mike Mayes 
Sua jornada, esforço, superação e sucesso.
Apresentação foi conduzida pelo próprio Mike e sua mãe Catherine Mayes.
Pela primeira vez na história do nosso grupo pudemos ver através dos olhos de uma pessoa que tem autismo e fez um grande esforço para superar sua condição e o fundamental apoio de sua família em todo esse processo.

Segundo Mike,
Foi diagnosticado com autismo aos 18 meses de idade no Hospital Infantil. Começou a falar apos os 7 anos de idade. O distrito escolar em que ele vivia não acreditava que ele poderia aprender e enviou-o para outra Escola em Marshfield. La ele teve uma assessora maravilhosa, a Sra. Ridge, ela acreditava que ele pudesse aprender e ajudou-o. Com o apoio dela ele passou a sentir-se melhor e a entender o que as pessoas queriam dizer a ele.

Outra coisa que fez uma grande diferença, ensinando-lhe habilidades sociais e deu-lhe confiança, foi quando tinha 4 anos ele foi jogar beisebol no South Shore beisebol. Ele não falava e eu não sabia como fazer as pessoas a prestar atenção nele. As crianças cortavam frente dele nas filas, mas Frank Niles o Presidente do Clube, olhou para ele e ajudou-o a encontrar o seu lugar. Jack Larkin, o treinador estreante prestou atenção em cada criança e fez com que cada uma sentisse-se importante. Mike estava feliz porque alguém acreditou nele. Quando ele estava no segundo ano na Escola Secundária ele tornou-se um treinador no clube. Ele adorava ajudar as crianças a aprender a jogar beisebol. Provavelmente, a maior influência na sua vida, além dos seus pais foi South Shore beisebol. Ele fez o melhor que podia, porque é isso que as pessoas esperam dele.
Na terceira série ele percebeu era diferente, e que falar com outras pessoas era muito difícil para ele. Também notou que algumas pessoas a volta dele julgam que ele não era muito inteligente. Essa situação era muito constrangedora para ele. Com isso ele não queria falar e foi tornando-se cada vez mais tímido. Ele sentia-se muito frustrado. A escola nunca foi fácil. Algumas vezes ele desanimou, sentiu raiva e surtou. Tudo para ele era muito difícil, falar com as pessoas, tentar a aprender na escola e sofrer bullying. Mas com a determinação em provar que as pessoas estavam erradas ele nunca deixou de lutar.
Todas as noites teu pai o ensinava para ajudar-lhe a ter boas notas. Ele estudava muito. Ele diz que na opinião das escolas, os pais de crianças com autismo exigem que elas trabalhem muito duro. Mas ele discorda. E provou que trabalhar duro é necessário para superação e sucesso.
Mike lembra-se de quando estudava no time de futebol do colégio que foi um grande desafio para ele, por sofrer bullying das crianças e treinadores que não acreditavam nele. Mas ele teve a sorte de ter amigos corajosos que se levantaram contra para defendê-lo.
Sua mãe e seu pai ajudaram-lhe a acreditar que ele poderia fazer o tudo o que ele queria.
Andar a cavalo, jogar beisebol e ser um escoteiro ajudou-o muito, com isso ele entendeu que pertencia a um grupo especial de crianças.
Hoje ele esta no ultimo ano na Faculdade de Mitchell. Trabalhou como estagiário na Fundação Flutie, e no verão como treinador na South Shore Beisebol Clube para 5, 6 e 7 anos de idade. A Faculdade foi surpreendentemente é mais fácil do que foi colegial. Ele estuda Coordenação Esportiva. Ninguém mais faz bullying com ele. Se eles fizerem isso, Mike diz para eles recuar e eles recuam. Também sua altura e seu porte favorecem sua atitude.
Freqüentou a grupos sociais no Centro Ely com Pam e Gordon Martins Amy. Onde aprendeu habilidades sociais e como ler a linguagem corporal e como observar o comportamento de outras pessoas.
Mike fez parte do Primeiro Conselho de Juventude Estadual do Governador Patrick Deval em Massachusetts. Ele ajudou na elaboração de leis do projeto anti-bullying. Seu apoio foi fundamental aos senadores e representantes para entender o que é bullying e como é para os alunos com deficiência a fim de votar a favor sobre leis conta-bullyning. Participar desse projeto também foi fundamental para fortalecer a tua auto-estima, La ele descobriu o sentido da amizade, aprendeu a confiar nas pessoas e não sentiu se julgado, por ter autismo, e sim respeitado por quem ele é. A maior parte das pessoas que participaram do Conselho da Juventude teve algum problema que tiveram que superar.
Na época que ele estava na escola era muito difícil. As pessoas às vezes fingiam serem amigos a fim de tirar vantagens, mas isso não acontece mais. Mike é muito esperto e consegue entender as pessoas. Percebe quando alguém é teu amigo, quando esta tentando usar-lhe ou sendo desprezível. Por ter amigos de verdade ele pode fazer essa distinção.

Mike gostaria de fazer a diferença, especialmente na vida de pessoas que têm de deficiências de aprendizagem. Ajudando-os acreditar que eles podem fazer a diferença, e provar que todos os julgam estavam errados.
Gosta de ser independente, dirigir seu próprio carro, estar com meus amigos da faculdade, e estar com tua linda namorada, Tammi.
Para o futuro Mike espera que apos sua graduação ele consiga um emprego onde ele possa ajudar as pessoas com deficiência a encontrarem seus pontos fortes.

Outro ponto muito importante no depoimento de Mike foi quando ele falou sobre a importância da Inclusão. Ele disse:
“Não vai ser nada fácil, seus filhos e filhas vão passar por períodos difíceis, mas na opinião dele a criança precisa ir para a escola pública, isso irá torná-lo mais forte, essa experiência vai ensiná-lo a como aprender a se defender. Apenas certifique se de que ela tem o apoio correto e necessário.
Foi muito difícil quando ele era mais jovem, mas agora há leis que protegem a criança contra Bullying.”
Com o apoio da assessora, a Sra. Ridge, Mike passou a entender as crianças. Ela ensinou a ele perceber quando uma criança estava sendo malvada. As crianças eram sorrateiras, elas esperavam a oportunidade dele estar sozinho para intimidá-lo.
Jason e Mike eram alvos. Jason tem Asperger e Mike autismo.
O que foi positivo?
Ter amigos, jogar baisebal e ser escoteiro. Sua mãe foi uma das líderes de escoteiros, e seu pai era um dos treinadores de beisebol. Os pais de Mike trabalharam muito para me ajudá-lo a integra-se e fazer parte da escola e da comunidade
O que foi negativo?
Foi devastador ver o melhor amigo Zack mudar-se para Florida.
Sentir-se diferente!
Conhecer pessoas que o subestimou

O que foi importante?
O diagnóstico precoce
Serviços intensivos de intervenção
Programação escolar com pessoas que sabiam o que fazer
Persistência e bons profissionais para apoiar
Pessoas respeitando Mike por seus pontos fortes
Educando as escolas, fazer parte do PAC.
Esportes, atividades onde Mike poderia participar interagindo com os colegas
Conselho da Juventude

Segundo tua mãe Catherine Mayes:
A coisa mais importante na opinião de Catherine é para nós mães acreditarmos em nossa criança e ajudar a provar para o mundo o potencial dela, esse é nosso trabalho mostrar ao resto do mundo o que nossa criança pode fazer e não por foco no que ele não é capaz de fazer
O que fez a diferença foi o diagnostico precoce. Uma amiga do trabalho era casada com um pediatra do desenvolvimento do Hospital Infantil, e em uma semana, Mike teve sua avaliação, e com apenas18 meses de idade teve o diagnóstico de Autismo. O grande diferencial foi que Catherine deu atenção ao conselho de uma corajosa amiga que pediu para levar Mike para ser avaliado. Após receber o diagnostico ela sentiu-se aliviada, e imediatamente começou a pedir informações a todos os médicos que ela conhecia a fim de obter respostas. Ela estava obcecada. Catherine afirma que eles tiveram muita sorte. Isso foi a mais de 20 anos atrás.  Ela passou por todas as fases que todas nós passamos. Culpa, medo e busca de informações para ajudar o desenvolvimento de Mike.
Também teve momentos de duvidas muito semelhantes aos nossos.
Será que um dia ele vai falar?  Ele vai ter amigos? Será que ele vai se casar?
Os médicos disseram que não sabiam. Essa resposta foi devastadora na opinião dela.
Mike estava recebendo os serviços de intervenção precoce, onde tinha Terapia Física, Terapia Ocupacional, fonodialoga e seus pais tiveram um consultor educacional por 19 meses.
Junto com alguns pais da intervenção precoce começaram um grupo de apoio aos pais, e com isso compartilhavam informações e contatos, ainda são amigos. Participou de treinamentos na Federação com estudos de formação, workshops, conferências. Informação foi fundamental.
O Programa de Educação Especial da Cidade parecia terrível, então, Mike foi para o programa, Colaborativa intensiva, utilizando tentativas discretas. ABA. Ela Sabia que precisava ter programa intensivo com pessoal especializado e treinado para Mike fazer progressos
Ela pressionou a escola para que ele participasse da integração em classes do ensino regular, com apoio correto de um assessor 1 a 1 muito experiente e dedicado a colaborar para Mike alcançar o currículo.
Na primeira serie Mike foi totalmente incluído em sala de aula regular de ensino fundamental, com a colaboração do programa de autismo.
A família de Mike sempre foi muito presente ativa na escola e na comunidade. Catherine mudou seu trabalho e diminuiu a carga horária a fim de dedicar mais tempo ao seu filho. Hoje ela é uma das
Advocates do MAC e ajuda a outras famílias com crianças com deficiência.

Você pode entrar em contato com Catherine, acessando o site:
http://www.massadvocates.org/
Massachusetts Advocates for Children
25 Kingston Street, 2 andar
Boston, MA 02111

Fone: 617-357-8431
Helpline: 617-357-8431 ext. 224

Email: info@massadvocates.org
Fax: 617-357-8438

Catherine Mayes
Advocate x241
Autism Center
Agradecimento especial:
A Mike e Catherine Mayes. Muitíssimo obrigado. Foi uma honra ao nosso grupo de mães receberem pessoas tão especiais com vocês.
 
Obrigada ao apoio profissional:
Ana Henrichs: Ela trabalha prestando assistência psicológica as famílias vivenciando situações de crise, como também auxiliam as famílias ao acesso a serviços comunitários.
Rhea Smith: Ela trabalha prestando assistência e defesa as famílias, especialmente para aqueles que falam Português.
 
Obrigada a presença das mães:
Cristina Oliveira, Dayane Nietto, Dayanna Teixeira, Fernanda Rocha, Monica da Silva Vieira, Raquel Cruz, Rita Mota, Sara Negrini, Vanilde Ferreira, (pai:Carlos Antonio).
A próxima reunião será: Quinta-feira: 29 / Novembro / 2012, as 07:00 PM
Local: 529 Main Street, suíte 1102, Andar: M1 sala 1M3 Charlestown, MA 02129. O estacionamento é Gratuito. Apenas avise na portaria que você veio para uma reunião na Federação. Para quem vai de trem é a linha laranja e a Estação é a Sullivan Square