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30 de jun. de 2013

Reunião de #32 Sexta-feira, 28 de Junho de 2013

Nossa reunião foi muito produtiva. A apresentação foi conduzida por Ana Henrichs. “Essa matéria é um resumo do que aconteceu na reunião, não contém detalhes nem os principais exemplos nem as técnicas de ajuda. Foi uma reunião maravilhosa”.
Foi um grupo de suporte, onde as mães tiveram a oportunidade de revelar seus sentimentos em busca de ajuda. Muitas vezes passamos por vários momentos de altos e baixos, emoções extremas, situações do dia a dia que nos deixam com o emocional à flor da pele. Uma mistura de sentimentos e emoções que necessitamos às vezes por para fora. Dividir com outras mães e ver nelas um espelho de nossas vidas. Todas nós percorremos os mesmos caminhos em tempos distintos. Mulheres guerreiras, com um ideal, e uma vontade muito grande de vencer, o maior problema que enfrentamos não é o diagnóstico, mas sim as conseqüências dele. Nosso maior desafio são as cobranças, o julgamento da sociedade, família, marido, ninguém precisa ser uma “super mãe”, basta fazer o melhor que está ao alcance com amor, e se perdermos as forças é porque somos humanas! Nossa reunião é o lugar onde vamos para recuperar a energia. Vocês não estão sozinhas, somos uma grande e maravilhosa família.
Uma tarefa difícil é saber distinguir qual comportamento é típico da idade, qual comportamento faz parte do diagnóstico.
Encontramos adversidades dentro da nossa própria casa, em nossa família, pelo motivo que nem todos estão no mesmo estágio de aceitação, gerando vários conflitos familiares.

Segundo Ana Henrichs: Quando a gente está no estágio da negação, a tendência é reagir jogando a culpa no outro. Por quê? Porque é difícil para a gente aceitar. Mesmo não demonstrando, a pessoa que está na negação também está sofrendo e se sente culpado, e para evitar isso ele joga a culpa no outro, externaliza. Por isso é muito importante entre o casal a questão da comunicação. É extremamente importante que o casal se comunique em tudo, principalmente na maneira de criar e educar os filhos, independente dessa criança ter uma necessidade especial ou não, cada um tem um estilo, e vieram de famílias diferentes ou culturas diferentes, que dificulta ainda mais o entendimento se não houver a comunicação.
Dica: Uma das formas mais eficientes para resolver conflitos, pois as mudanças não acontecem do dia para a noite. É necessário plantar uma semente e cultivar para que ela dê frutos, com o tempo você vai conseguir mudar isso. Leva tempo, mas uma das formas mais eficientes das pessoas te ouvirem é: Falar o que em inglês: I statement, em português é quando falamos na 1ª pessoa.
Por exemplo: Você nunca vai dizer a ele: - Você me magoa! Mas sim dizer: Eu me sinto magoada. Então quando você for ter uma conversa com o marido você use essa dica como rotina. Que seja na hora do jantar. Você sempre fale na primeira pessoa, você não vai cobrar dele que ele se sinta orgulhoso de alguma coisa. Você vai dizer: Eu me senti orgulhosa porque nosso filho... Falou o alfabeto.
No dia seguinte na hora do jantar você pode dizer: Hoje eu estou tão triste, tão para baixo, porque eu fui ao médico sozinha, escutei isso e não consegui falar o inglês.
Que é bem diferente de você dizer: Você não foi comigo e eu me senti sozinha.
O que acontece é que muitas vezes a gente deixa de falar para evitar problemas.
Ana nos relembra a importância da comunicação: É importante falar, mas evitar a tendência de quando falar uma coisa voltar com 10 anos do relacionamento:
Falamos também das cinco linguagens do amor

Existem as cinco linguagens do amor:
  • Palavras de Afirmação
  • Qualidade de Tempo
  • Receber Presentes
  • Formas de Servir
  • Toque Físico
É importante saber como elas funcionam para a gente reconhecer como eu me sinto amada e como eu expresso meu amor. Mais detalhes sobre as linguagens do amor ficaram para a próxima reunião.

Ana falou também de como tentar solucionar problemas nos relacionamentos. Muitas vezes nós focamos nos problemas e não nas soluções desses. Numa relação existem problemas solucionáveis e existem problemas insolucionáveis. É importante tentar resolver os problemas que têm solução e lidar com os problemas que não têm solução. Uma boa forma de pensar antes de entrar em uma discussão seria: Vale a pena eu gastar energia e brigar por causa disso? Se a resposta for não, o problema está solucionado. Se a resposta for sim ai você pensa: Eu consigo mudar esse problema? Se a resposta for sim, o problema está solucionado. Se a resposta for não, você esta lidando com um problema insolucionável. E como lidar com problemas insolucionáveis? Você não acaba com o problema, mas procura uma forma de lidar forma diferente, de uma maneira que não te afete tanto.

Um motivo de constante discussão entre casais esta relacionado à forma de educar e criar os filhos. Voltando nas linguagens do amor é importante saber que cada pai expressa de maneira diferente o amor aos filhos, e porque ele tem uma linguagem diferente da tua não quer dizer que ele não ame o seu filho assim como você. Ele ama, mas expressa de forma diferente.  Aprendendo a reconhecer em qual linguagem ele está expressando amor e como ela difere da sua pode ajudar a solucionar esse problema entre o casal quando ele existe. Os detalhes sobre as linguagens do amor ficaram para a próxima reunião.

Essa terapia foi apresentada por Ana Henrichs, que gentilmente aceitou novamente nosso convite.

A mensagem de Fernanda Rocha a você que está sofrendo muitas críticas sobre a sua criança, de pessoas que você considera seus amigos ou familiares.
Infelizmente, nesse mundo perfeito, pessoas preconceituosas não estão preparadas para receber você e sua criança. Muitos ainda não têm o coração puro, então é melhor que você se afaste por um tempo desses “amigos ou familiares” até que eles estejam preparados para aceitar e amar sua criança do jeito que ela é sem tentar modificá-la. Pois essas pessoas têm a receita perfeita de como criar filhos: Somente eles sabem educar da maneira correta, dar comida, banho, tirar das fraldas... Bem... Tudo melhor do que você, pois você só mima ou protege de mais. Essas pessoas não sabem o que dizem. Pois você, que é especial, é por isso que essa criança que requer cuidados diferentes veio para você e não para outra pessoa. Fique tranqüila, nosso grupo esta aqui para te ajudar sem te julgar, e há muitas mães que estão passando e outras já passaram pelas mesmas situações. Coragem, Determinação e Amor: essa é a matéria-prima de uma mãe especial.

Obrigada ao apoio profissional:
Ana Henrichs: Ela trabalha prestando assistência psicológica as famílias vivenciando situações de crise, como também auxiliam as famílias ao acesso a serviços comunitários.
Rhea Smith: Ela trabalha prestando assistência e defesa as famílias, especialmente para aqueles que falam Português.

Obrigada a presença das mães, pais e voluntários:
Dayane Nieto, Dayana Teixeira, Edson da Silva, Fernanda Rocha, Joseleide Ribeiro, Vanderleia da Silva.

A próxima reunião será: Sexta-feira: 26/ Julho / 2013, as 07:00 PM

Local: 529 Main Street, suíte 1102, Andar: M1 sala 1M3 Charlestown, MA 02129. O estacionamento é Gratuito. Apenas avise na portaria que você veio para uma reunião na Federação. Para quem vai de trem é a linha laranja e a Estação é a Sullivan Square.