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30 de nov. de 2015

Reunião de #61 Sexta-feira, 20 de Novembro de 2015

Essa reunião aconteceu em data extraordinária devido ao feriado de Thanksgiving.  Apresentação foi conduzida por Marcela Ferreira. Tema: Comunicação e autismo.

Biografia: Marcela Ferreira é fonodiologa, brasileira formada pela Universidade Metodista Izabela Hendrix em  Belo Horizonte- Minas Gerais desde 2013. Possui experiência ampla em vários métodos de comunicação alternativa com crianças com necessidades especiais. Atuou em empresas realizando Programas de Conservação Auditiva juntamente com treinamentos dos funcionários e colaboradores a respeito da conscientização dos cuidados com a audição. Experiência clínica em atendimentos de crianças autistas, síndrome de down e disfagia. Marcela desenvolveu um trabalho totalmente diferenciado onde o sucesso do tratamento do pacientes dependem do envolvimento dos pais, por isso é muito variável. Atualmente realiza atendimentos particulares e avaliações para comunidade brasileira no Estado de Massachusetts, EUA.

“Essa matéria é um resumo da apresentação de slides de Marcela, não contém detalhes, explicações ou respostas das perguntas feitas na reunião.”

Introdução: Segundo Marcela as maior preocupações dos pais são:

Meu filho não fala quanto mais eu falar com ele,  vai ajudar ele vai aprender a falar?
Na verdade, não. Uma criança autista em geral tem uma compreensão bastante restrita da linguagem. Se a criança tem nível funcional baixo, deve aprender a se comunicar de forma análoga à que um estrangeiro aprende uma nova língua: em pequenos passos, com referências concretas e muitas repetições. Se a criança é ecolálica (repete palavras ou frases anteriormente ouvidas), quanto mais falarmos com ela, mais material de repetição estaremos fornecendo, e estaremos aumentando a defasagem entre linguagem e comunicação.

Até que idade posso ter esperança que meu filho venha a falar?
Em autismo é quase impossível afirmar-se categoricamente alguma coisa, pois sempre correremos um grande risco de errar. Contudo, há casos de crianças autistas de alto nível de funcionamento que começam a falar as primeiras palavras perto dos quatro anos de idade e passam a dominar a comunicação verbal em tempo relativamente curto.
É também bastante comum que crianças autistas, independentemente de seu nível de desenvolvimento, apresentando uma linguagem verbal bastante fluente, não tenham uma compreensão clara do mecanismo de causa e efeito envolvido na comunicação, e não saibam, por exemplo, que se faz uma pergunta com o intuito de receber uma resposta ou que quando temos problemas podemos pedir ajuda utilizando palavras.
Iniciar um processo de comunicação alternativa tem sido uma prática cada vez mais comum, pois, ao contrário do que muitas pessoas pensavam, a introdução de uma comunicação alternativa, por exemplo o PECS, tem ajudado o desenvolvimento da linguagem verbal, nos casos em que isto é possível, contribuindo na organização do pensamento e na percepção de que o ato de comunicar-se pode ter consequências.

Sempre que alguém tenta colocar limites no meu filho, ele grita e fica muito nervoso. O que fazer?
Se o seu filho é autista, é importante que você analise bem esta importante questão. Em primeiro lugar, é necessário reconhecer a importância de colocar limites, e isso às vezes é muito difícil para qualquer pessoa. Mas atenção, não tente colocar todos os limites ao mesmo tempo, porque na maioria das vezes é impossível. Faça uma lista dos comportamentos que precisam de limites, estabeleça prioridades e aposte na coerência. A resistência à tentativa de colocação de limites é normal, mas o mais frequente é que esta resistência diminua e a criança passe a adotar rapidamente padrões mais adequados de comportamento.

Esse conteúdo foi do retirado do material de Marcela Ferreira.

Contato: Marcela Ferreira:
(781) 521 8686

Obrigada a participação:
Ana Paula Lopes, Edson Mendonca, Marcia Bernardina, Washington dos Santos, Elaine Bastianeli, Terezinha Lage, Nair Almeida, Marcela Ferreira, Rodolfo Henrique e Fernanda Rocha