Essa reunião aconteceu em data
extraordinária devido ao feriado de Thanksgiving. Apresentação foi conduzida por Marcela Ferreira. Tema: Comunicação e autismo.
Biografia: Marcela Ferreira é fonodiologa,
brasileira formada pela Universidade
Metodista Izabela Hendrix em Belo Horizonte- Minas Gerais desde 2013.
Possui experiência ampla em vários métodos de comunicação alternativa com
crianças com necessidades especiais. Atuou em empresas realizando
Programas de Conservação Auditiva juntamente com treinamentos dos funcionários
e colaboradores a respeito da conscientização dos cuidados com a audição.
Experiência clínica em atendimentos de crianças autistas, síndrome de down e
disfagia. Marcela desenvolveu um trabalho totalmente diferenciado onde o
sucesso do tratamento do pacientes dependem do envolvimento dos pais, por isso
é muito variável. Atualmente realiza atendimentos particulares e
avaliações para comunidade brasileira no Estado de Massachusetts, EUA.
“Essa matéria é um resumo da apresentação de slides de
Marcela, não contém detalhes, explicações ou respostas das perguntas feitas na
reunião.”
Introdução: Segundo Marcela as maior preocupações
dos pais são:
Meu filho não fala quanto mais eu
falar com ele, vai ajudar ele vai
aprender a falar?
Na verdade, não. Uma criança autista em
geral tem uma compreensão bastante restrita da linguagem. Se a
criança tem nível funcional baixo, deve aprender a se comunicar de forma
análoga à que um estrangeiro aprende uma nova língua: em pequenos passos, com
referências concretas e muitas repetições. Se a criança é
ecolálica (repete palavras ou frases anteriormente ouvidas), quanto mais
falarmos com ela, mais material de repetição estaremos fornecendo, e estaremos
aumentando a defasagem entre linguagem e comunicação.
Até que idade posso ter esperança que
meu filho venha a falar?
Em autismo é quase impossível afirmar-se
categoricamente alguma coisa, pois sempre correremos um grande risco de errar.
Contudo, há casos de crianças autistas de alto nível de funcionamento que
começam a falar as primeiras palavras perto dos quatro anos de idade e passam a
dominar a comunicação verbal em tempo relativamente curto.
É também bastante comum que crianças
autistas, independentemente de seu nível de desenvolvimento, apresentando uma
linguagem verbal bastante fluente, não tenham uma compreensão clara do
mecanismo de causa e efeito envolvido na comunicação, e não saibam, por
exemplo, que se faz uma pergunta com o intuito de receber uma resposta ou que
quando temos problemas podemos pedir ajuda utilizando palavras.
Iniciar um processo de comunicação
alternativa tem sido uma prática cada vez mais comum, pois, ao contrário do que
muitas pessoas pensavam, a introdução de uma comunicação alternativa, por
exemplo o PECS, tem ajudado o desenvolvimento da linguagem verbal, nos casos em
que isto é possível, contribuindo na organização do pensamento e na percepção
de que o ato de comunicar-se pode ter consequências.
Sempre que alguém tenta colocar limites
no meu filho, ele grita e fica muito nervoso. O que fazer?
Se o seu filho é autista, é importante que
você analise bem esta importante questão. Em primeiro lugar, é necessário
reconhecer a importância de colocar limites, e isso às vezes é muito difícil
para qualquer pessoa. Mas atenção, não tente colocar todos os limites ao mesmo
tempo, porque na maioria das vezes é impossível. Faça uma lista dos
comportamentos que precisam de limites, estabeleça prioridades e aposte na
coerência. A resistência à tentativa de colocação de limites é normal, mas o
mais frequente é que esta resistência diminua e a criança passe a adotar
rapidamente padrões mais adequados de comportamento.
Esse
conteúdo foi do retirado do material de Marcela Ferreira.
Contato:
Marcela Ferreira:
(781) 521 8686
Obrigada
a participação:
Ana Paula Lopes, Edson Mendonca, Marcia
Bernardina, Washington dos Santos, Elaine Bastianeli, Terezinha Lage, Nair
Almeida, Marcela Ferreira, Rodolfo Henrique e Fernanda Rocha