Essa reunião foi um sucesso! Esse grupo de
participantes são muito participativos e interessados em todos os
assuntos relacionados com suas crianças. A apresentação foi conduzida por Fernanda Rocha. Tema: (Aceitação x Conformismo - Índice de divórcios em famílias de
crianças com autismo/ Filho especial não é castigo de DEUS).
Biografia: Fernanda Rocha
é casada e mãe de duas crianças com autismo. A condição das crianças
transformou sua vida, diante de uma aparente adversidade ela resolveu ir à luta
para fazer a diferença na vida dessas crianças. Fundadora do primeiro grupo de
apoio as mães de filhos com autismo do Estado de Massachusetts, na língua
Portuguesa com o nome: “O Dom Especial
de Ser Mãe”. Com a criação do grupo Fernanda começou a escrever um novo
capitulo na historia de muitas famílias. Ela atende as mães diariamente por
telefone, ou com visitas previamente agendada, encaminhando ou buscando
soluções a todos os tipos de necessidades. Trabalha a quase 6 anos como
voluntária defendendo os direitos das crianças com necessidades especiais, atua
como consultora educacional. É Presidente do PAC do Distrito de Everett.
“Essa matéria é um resumo da apresentação de slides de
Fernanda, não contém detalhes, explicações ou respostas das perguntas feitas na
reunião.”
Aceitação x Conformismo
Aceitação: Traz paz interior e ao mesmo tempo permite que você faça tudo o que
esta ao seu alcance para mudar a situação. Nesse processo você muda seus
padrões de entendimento, você toma consciência que é inútil ficar lutando com
algo que o fará vítima, para sempre. A aceitação é baseada em uma grande
sabedoria interior.
Passe tempo de qualidade com sua criança e observe quais as necessidades dela:
Apresenta alguma necessidade?
problemas motores, físico, equilíbrio,
gastro intestinal, alimentação, disfunção do processamento sensorial,
comunicação, comportamento ou interação social, emocional entre outras?
Participe ao máximo de palestras, cursos e treinamentos
Se envolva na vida escolar.
Aprenda inglês, ou sua criança será muito
prejudicada por mais essa barreira.
Infelizmente, nos tempos modernos, muitos
casamentos terminam em divórcio ou separação. Esta estatística aumentam ainda
mais quando você agrega uma criança autista. Não importa o quão amoroso e
compreensivo você seja para com o seu filho, a verdade é que o autismo é uma
questão muito difícil, e a pressão sobre o casamento se instala e é muito
forte. Se você aceitar a situação de seu filho e buscar forças para enfrentar
com otimismo, ficará mais fácil trabalhar para manter seu casamento saudável.
Dessa forma você e seu esposo podem evitar problemas conjugais e sobreviver aos
tempos difíceis de criar uma criança autista.
É muito importante a comunicação e o dialogo
entre o casal. É extremamente importante que o casal se comunique em tudo,
principalmente na maneira de criar e educar os filhos, independente da
deficiência dessa criança, cada um tem um estilo, e vieram de famílias
diferentes ou culturas diferentes, que dificulta ainda mais o entendimento se
não houver a comunicação.
Fale
com amor: Uma das formas mais eficientes para
resolver conflitos, pois as mudanças não acontecem do dia para a noite. É
necessário plantar uma semente e cultivar para que ela dê frutos, com o tempo
você vai conseguir mudar isso. Leva tempo, mas uma das formas mais eficientes
das pessoas te ouvirem é: Falar na 1ª pessoa.
Por
exemplo: Você nunca vai dizer a ele: - Você me
magoou! Mas sim dizer: Eu me sinto magoada. Então quando você for ter uma
conversa com o marido você use essa dica como rotina. Fale sempre na primeira pessoa você pode
dizer: Hoje eu estou tão triste, tão deprimida, porque eu fui ao médico
sozinha, escutei isso e não consegui falar o inglês. Que é bem diferente de
você dizer: Você nunca vai comigo e eu tenho que fazer tudo sozinha.
Marido
seu apoio é essencial para o equilíbrio emocional
da esposa e fundamental para o progresso da criança. Você não precisa trabalhar estimulando o
desenvolvimento de sua criança, nem fazer cursos ou treinamentos. Você precisa
apenas ouvir com alegria e atenção, e nos momentos difíceis não precisa nem
palavras, apenas um abraço e saber que seu apoio é incondicional.
Mulher
jamais desautorize seu marido em relação a sua criança,
se ele grita demais, se não sabe falar da forma que você gostaria, afaste-se
por alguns minutos, volte apenas no momento em que a situação estiver sob
controle, e longe das crianças você pode conversar com ele. Sem acusar!
Crianças
especiais precisam do pai e da mãe unidos, eles entendem e percebem tudo em volta,
a única diferença e que não sabem se expressar. Não desista da sua família
·
Seu marido é um grosso, não sabe
falar? A criança precisa desse homem das cavernas.
·
Ele é um boca aberta? A criança
precisa desse banana.
·
Não tente modificar seu marido,
pois isso não é trabalho seu… Deixe para Deus e peça para ELE todas as
modificações.
Quais são os seus defeito? Guarda dentro de
uma mochila e carrega nas costas onde não consegue ver? E as qualidades carrega
no colo?
Sempre lembre-se por que vocês se casaram?
Fazer essa pergunta a si mesmo, isso permite que você se concentre nas coisas
boas de seu casamento. Educar uma criança com autismo é estressante e, quando
estamos estressados, temos uma tendência maior para reprovarmos a outra pessoa,
por qualquer motivo. Em vez de focalizar nos defeitos, seria melhor reservar um
tempo para desfrutar um ao outro da maneira em que ocorria no início do
relacionamento. Chamo esse intervalo de tempo de casal, quando se fica nem que
seja por cinco minutos só os dois, lado a lado, sem os filhos.
O casal em harmonia, ao invés de constantes
argumentos ou discussões , consegue poupar muitos esforços na execução dos
cuidados que uma criança autista requer. Num casamento, é muito provável que
cada um tenha ideias diferentes sobre o que fazer em determinadas situações. Ao
trabalhar em conjunto, lembre-se que você está dando o seu filho as melhores
oportunidades. Tente reservar um tempo para passar juntos como casal e também
como família, especialmente se um dos pais é o cuidador principal.
Por último, peça ajuda claramente, não espere
que o OUTRO, seja quem for ele, adivinhe que você precisa ou quer ajuda nesse
momento ou em uma tarefa específica. Parte de qualquer casamento bem-sucedido,
ou convivência familiar harmoniosa, requer despender algum tempo para focar em
si próprio, atender as necessidades individuais. Todos nós precisamos desse
refresh e não é diferente quando somos pais de uma criança autista. No entanto,
quando o casal, ou um dos cônjuges, só se sentem feliz nos momentos em que
estão ocupados com sua próprias necessidades, é hora de reavaliar a situação.
Um treinador/ terapeuta familiar ou de casal pode ajudá-los a voltar no caminho
certo para uma vida feliz.
Lembre-se que criar uma criança sem nenhum
comprometimento, responsabilizar-se por seu desenvolvimento não é uma tarefa
fácil, muito mais difícil com uma criança autista. Por isso, fazer parte de um
grupo de apoio, é um benéfico para
conhecer outros pessoas com situações semelhantes. Você não está sozinho, e
nunca é fácil.
Qualquer que seja sua dor ou sua adversidade, você não esta sozinho. Ha muitas pessoas na mesma situação que a sua, basta olhar a sua volta. E no momento que sofremos mais Deus nos carrega no colo.
Obrigada
pela presença:
Lialian Nakamura, Leticia Mendonca, Edson Mendonca,
Camila da Silva, Nair B. Almeida, Geralda de Fatima Batista Goncalves, Ana Paula
Lopes, Elaine Bastianeli, Joao Paulo, Washington dos Santos, Marcia Bernardina,
Marcia Gaudette, Marcia Matos, Tadeu, Julia Lopes Stombollie, Maria Alberty de
Andrade, Neusa Maria da Silva e Fernanda Rocha.