Essa reunião foi inspiradora e motivacional.
A apresentação foi conduzida por Mike Mayer, um jovem autista que emocionou
nosso encontro contando sua historia de vida.
Tema:
Através dos olhos de um jovem autista.
Entrevista
no canal WBZ 4 com Mike Mayes
|
Biografia:
Mike Mayes foi diagnosticado com autismo aos 18 meses, graduou-Mitchell
College, em 2013. Mike trabalhou como orientador em sala de aula e líder dos
jovens no verão. Mike sofreu bullying durante o ensino escolar, mas com coragem
e determinação, ele superou os efeitos dessa humilhação. Como resultado, ele
manifesta seu profundo compromisso em ser aceito pelo que ele é, uma pessoa com
autismo. Mike tem sido um palestrante motivacional para as organizações Autism
Speaks, à Fundação Flutie e para a Mass Advocates. Mike tem demonstrado que com
trabalho duro, comprometimento e perseverança pode conseguir o sucesso.
Mike foi diagnosticado com autismo aos 18
meses no Children Hospital. Começou a falar após os 7 anos de idade. Mike
estudava em Marshfield, ele teve uma assessora
maravilhosa, chamada Sra. Ridge, ela ensinou-o perceber quando uma criança
estava sendo malvada. As crianças eram dissimuladas, esperavam a oportunidade
dele estar sozinho para intimidá-lo. Jason e Mike eram alvos. Jason tem
Asperger e Mike autismo.
Mike fez parte do Primeiro Conselho de
Juventude Estadual do Governador Patrick Deval em Massachusetts. Ele ajudou na
elaboração de leis do projeto anti-bullying. Seu apoio foi fundamental para os senadores
e representantes entenderem o que é bullying e o impacto nos alunos com
deficiência. Participar desse projeto também foi importante para fortalecer a
tua autoestima, ele descobriu o sentido da amizade, aprendeu a confiar nas
pessoas e não sentiu se julgado, por ter autismo, e sim respeitado por quem ele
é. A maior parte das pessoas que participaram do Conselho da Juventude teve
algum problema que tiveram que superar.
Mike
disse: “Não vai ser nada fácil, suas crianças vão
passar por períodos difíceis, mas é importante ir para a escola pública, isso
irá torná-las mais fortes, essa experiência vai ensiná-las a como aprender a se
defender. Apenas certifique se de que elas tem o apoio correto e necessário.
O impacto do bullying e as humilhações sofridas no período do High School, podem
ter efeitos negativos e ser devastadores na vida das pessoas. Algumas pessoas ficam
fisicamente, emocionalmente e mentalmente machucadas, é muito humilhante e
vergonhoso. Algumas apresentam alteração na forma de agir, tornam-se tímidas ou
ficam relutantes em acreditar nas pessoas, perdendo totalmente a confiança nos
relacionamentos sociais. Outros sinais e reações da pessoa que esta sofrendo
bullying seria evitar ir a lugares onde eles foram intimidadas ou poderiam ser
agredidas, limitando as atividades sociais.
Os pontos
mais vulnerais a acontecer bullying nas escolas são: Corredores, banheiros, cafeteria,
estacionamentos da escola, quadras de esportes, atividades depois da aula e
ônibus. Qualquer lugar onde os provocadores
sabem que podem se safar. Horas sem estrutura são perfeitos cenários para os
valentões, como recreio/ almoço ou quando os supervisores/ adultos não estão
prestando atenção ou não estão olhando os estudantes que poderiam ser vítimas.
Qualquer pessoa pode sofrer bullying, a
vitima sempre esta sozinha. Os alunos
com deficiência têm de 3-4 vezes mais probabilidade de ser intimidado do que os
alunos não-deficientes (Resultado de um estudo sobre bullying feito pela
Mass. Advocates). Qualquer pessoa pode ser um provocador/ agressor: Atletas,
professor e treinadores.
Mike disse que sofreu bullying por muitos
anos e não contou para seus pais, nem para seus professores. Ele não queria
entrar em problemas por ser dedo-duro e fofoqueiro. Ele tentou ignorá-los, pois
tinha medo de se defender. Era muito difícil para ele pedir ajuda, porque ele é
autista, tinha dificuldade para falar, era muito complicado para ele explicar o
que estava acontecendo. Ele pensava que as pessoas não acreditariam nele, porque
não conseguia falar claramente e não era tão rápido quanto os outros alunos.
Ele demorou muito tempo para entender
sarcasmo, dissimulação e quando as pessoas estavam fazendo piadas. Foi difícil
perceber se as pessoas não estavam sendo boas ou maldosas. Ele entenderia se
alguém tivesse dado uma rasteira, ou um soco, mas compreender as palavras e, a
linguagem corporal e as intenções das outras pessoas eram à parte mais difícil
para ele e para pessoas autistas em geral.
Quando se sentia confuso ou com raiva,
ele consultava com o orientador/ conselheiro da escola. Mike confiou nele, pois
sabia que ele não poderia mentir. Mike tinha livre acesso para vê-lo sempre que
aparecesse a necessidade.
Atualmente os pais podem pedir proteções
nos IEP’s: Para ensinar aos alunos a
reconhecer o que é o assédio moral e o que é bullying. Os alunos também podem
aprender quem é, e quem não é amigo. Podem ser ensinados a defender-se. Ser
ensinados a denunciar o bullying para professores, pais, para outros alunos e
administradores escolares. Se os alunos relatam o bullying, é contra a lei a
revanche contra eles.
Hoje em dia existem leis que protegem os
estudantes de intimidações, as escolas têm inúmeros planos de prevenção de
violência desde 2010. Proteções para os alunos com deficiência (Leis de
Direitos Civis-504); Proteções no IEP para os alunos que estão em risco de ser
intimidado, porque eles têm autismo ou porque têm problemas sociais
relacionados com a sua deficiência.
Conselhos
da mãe de Mike, Catherine Mayes:
A coisa mais importante na opinião de
Catherine é se nós mães acreditarmos em nossa criança e ajudar a provar para o
mundo o potencial dela, esse é nosso trabalho mostrar ao resto do mundo o que
nossa criança pode fazer e não por foco no que ele não é capaz de fazer.
O que fez a diferença foi o diagnostico
precoce. Ela passou por todas as fases que todas nós passamos. Culpa, medo e
busca de informações para ajudar o desenvolvimento de Mike. Também teve
momentos de duvidas muito semelhantes aos nossos.
Será
que um dia ele vai falar? Ele vai ter
amigos? Será que ele vai se casar?
Os médicos disseram que não sabiam. Essa
resposta foi devastadora na opinião dela.
Mike estava recebendo os serviços de intervenção
precoce, onde tinha Terapia Física, Terapia Ocupacional, fonoaudiologia e seus
pais tiveram um consultor educacional por 19 meses.
Junto com alguns pais da intervenção precoce começaram um grupo de apoio aos pais, e com isso compartilhavam informações e contatos, ainda são amigos. Participou de vários treinamentos com estudos de formação, workshops, conferências. Informação foi fundamental.
O Programa de Educação Especial da Cidade era terrível, então, Mike foi para o programa, Colaborativa intensiva, utilizando técnicas do ABA, ela Sabia que precisava ter programa intensivo com pessoal especializado e treinado para Mike fazer progressos.
Ela pressionou a escola para que ele participasse da integração em classes do ensino regular, com apoio correto de um assessor 1 a 1 muito experiente e dedicado a colaborar para Mike alcançar o currículo.
Na primeira serie Mike foi totalmente incluído em sala de aula regular de ensino fundamental, com a colaboração do programa de autismo.
A família de Mike sempre foi muito presente ativa na escola e na comunidade. Catherine mudou seu trabalho e diminuiu a carga horária a fim de dedicar mais tempo ao seu filho. Hoje ela é uma das Advocates do MAC e ajuda a outras famílias com crianças com deficiência.
Junto com alguns pais da intervenção precoce começaram um grupo de apoio aos pais, e com isso compartilhavam informações e contatos, ainda são amigos. Participou de vários treinamentos com estudos de formação, workshops, conferências. Informação foi fundamental.
O Programa de Educação Especial da Cidade era terrível, então, Mike foi para o programa, Colaborativa intensiva, utilizando técnicas do ABA, ela Sabia que precisava ter programa intensivo com pessoal especializado e treinado para Mike fazer progressos.
Ela pressionou a escola para que ele participasse da integração em classes do ensino regular, com apoio correto de um assessor 1 a 1 muito experiente e dedicado a colaborar para Mike alcançar o currículo.
Na primeira serie Mike foi totalmente incluído em sala de aula regular de ensino fundamental, com a colaboração do programa de autismo.
A família de Mike sempre foi muito presente ativa na escola e na comunidade. Catherine mudou seu trabalho e diminuiu a carga horária a fim de dedicar mais tempo ao seu filho. Hoje ela é uma das Advocates do MAC e ajuda a outras famílias com crianças com deficiência.
Sua mãe sempre teve a preocupação de inclui-lo,
então ela foi uma das líderes de escoteiros, e seu pai era um dos treinadores
de beisebol. Os pais de Mike trabalharam muito para ajudá-lo a integra-lo e
fazer parte da escola e da comunidade sem ser discriminado.
Fundamental e necessário para o sucesso de
Mike:
- O diagnóstico precoce.
- Serviços intensivos de intervenção.
- Programação escolar com pessoas que sabiam o que fazer.
- Persistência e bons profissionais para apoiar.
- Pessoas respeitando Mike por seus pontos fortes.
- Envolver-se com as escolas, fazer parte do PAC.
- Esportes, atividades onde Mike poderia participar interagindo com os colegas.
- Conselho da Juventude.
Massachusetts Advocates for Children
25 Kingston Street, 2 andar
Boston, MA 02111
25 Kingston Street, 2 andar
Boston, MA 02111
Fone: 617-357-8431
Helpline: 617-357-8431 ext. 224
Helpline: 617-357-8431 ext. 224
Catherine Mayes
Advocate x241
Autism Center
Advocate x241
Autism Center
Obrigada
a presença das mães:
Leonardo Alves, Denise Leite Alves, Flavia
Souza, Sinvaldo de Souza, Camila da Silva, Ana Pula Lopes, Julia Lopes, Leticia
Mendonca, Lays Lima, Marcia Bernardina, Marcia Gardette, Clayzimara Simoes,
Vanio Simões da Silva, Lucia Rigo, Fernanda Gazzoni, Cristina Matos, Elaine
Bastianelli, Jazmin Ruiz, Sizinay Dias Katia Abreu, Marcia Matos, Geralda
Batista Goncalves, Nair Almeida e Fernanda Rocha.
Palestra Motivacional |
Mike a luz de nossos medos |
Lays, Mike & Fernanda Rocha |