Terapia da Fala:
O Terapeuta da Fala intervém em todas as situações de patologia da fala, de voz e da linguagem oral e escrita, na criança, no adolescente, no adulto e na pessoa idosa. É um profissional a quem compete à prevenção, a avaliação, o tratamento e o estudo cientifico da comunicação humana e das perturbações associadas. A comunicação engloba todas as funções associada à expressão da linguagem oral e escrita, assim como todas as formas apropriadas de comunicação não-verbal.
O ato de falar envolve as estruturas dos aparelhos respiratório e digestivo, além de funções como respiração e deglutição. Quando qualquer um destes fatores é afetado, podem surgir distúrbios da fala, passíveis de correção através de tratamento especializado. As alterações da fala têm causas fisiológicas: respiração bucal, língua, bochechas, dentes e maxilares mal posicionados geram alterações na arcada dentária e problemas de pronúncia das palavras. O uso prolongado de chupeta, sucção de dedo e alimentação pastosa por muito tempo prejudicam a mobilidade e tonicidade dos órgãos. Fatores hereditários, traumas, timidez, e até mesmo o bilingüismo também podem comprometer a comunicação oral da criança.
Qual o papel
Tem como objetivo propiciar a elas um ambiente favorável ao desenvolvimento lingüístico, comunicativo e social, contribuindo para sua autonomia, formação e dando a ela condições de atuar sociedade. O foco do trabalho varia de acordo com as necessidades da criança, podendo ser dado enfoque aos aspectos relacionados à alimentação quando esta criança não possui controle deste processo, engasga com freqüência, apresenta baba. Pode-se também ser necessário um trabalho com a fala e com a linguagem, que por diversas razões podem apresentar-se mais difíceis devido a questões relacionadas à audição. O envolvimento da família é essencial, a escola e os demais ambientes que esta criança freqüenta precisam todos estar em sintonia, proporcionando-lhe um ambiente favorável ao seu desenvolvimento lingüístico, comunicativo, social e emocional.
A intervenção precoce do fonoaudiólogo é fundamental:
Para dar suporte no desenvolvimento da sua linguagem receptiva e expressiva, oral, gestual e escrita, capacitando a criança para compreender, realizar tarefas e agir sobre o ambiente que a cerca. O profissional deve ter experiência com os aspectos do desenvolvimento “normal infantil” e do desenvolvimento “atípico de crianças com necessidades especiais”. Também deve ser capaz de avaliar e planejar uma terapia específica e individualizada.
Os melhores resultados são conseguidos com o início da terapia na idade 18 meses, quanto mais cedo melhor. O objetivo é conseguir que a criança utilize a comunicação funcional, ou seja, que a criança se faça entendida. Para algumas crianças a comunicação verbal é possível e alcançável. Mas, para outras, a comunicação por sinais ou utilização de figuras/fotos já é muito positiva. É necessária a coleta de dados periódica a fim de medir progresso da criança.
Conselhos aos pais de crianças com atraso na fala:
1. Aguardar, observar e ouvir tudo o que a criança tem para manifestar: gestos, sons e olhares;
2. Não atuar de forma direta e controladora, dando oportunidade para a criança manifestar seus desejos, interesses e necessidades;
3. Criar oportunidades que favoreçam a comunicação e ter paciência para aguardar uma resposta;
4. Usar linguagem compatível com as possibilidades de compreensão da criança;
5. Não dar automaticamente as coisas para a criança: aguardar que ela tome iniciativa para solicitar aquilo que ela deseja;
6. Não exigir muito, ou alem da capacidade dessa criança, assim não cria expectativas, ansiedades, nem motivos de frustrações;
7. Garantir a proximidade física e o contato face a face: esta facilita a comunicação;
Imitar o que a criança faz é uma forma eficiente de chegar ao seu nível: é como sintonizar na mesma estação em que ela opera;
8. Dar nome as coisas, objetos e ações isso aumenta a possibilidade de compreensão, assim como gera o uso de palavras novas;
O QUE DEVE SER EVITADO:
1. Tomar a iniciativa da comunicação;
2. Ficar testando a capacidade das
crianças com ordens e perguntas;
3. Ficar dirigindo a ação da
criança, dizendo como deve agir ou proceder;
4. Interromper o silencio que
corresponde ao tempo de espera que deve dar para que a criança tome a
iniciativa da comunicação;
5. Ficar falando no lugar da
criança;
6. Falar em excesso sem dar tempo
para criança responder ao tomar a iniciativa
Dentre as alterações mais comuns, destacamos as seguintes:
Dislalia: A criança troca letras, fala enrolado. Ocorre também de não se entender nada ou pouca coisa do que ela fala. A dislalia poderá ser um problema sério se persistir além da idade de aquisição normal da fala que é 4 anos, podendo deixar a criança inibida, tímida, causada pelas observações dos amiguinhos. Os pais e professores devem estar atentos, ao período de alfabetização, pois a criança pode transferir as trocas da fala para a leitura e escrita.
Disfluência ou gagueira: A criança, por volta dos
Disfonia infantil: A voz apresenta-se rouca. Crianças que falam alto imitam sons com esforço, choram em excesso, gritam nos parques, jogos e escolas, estão falando de forma incorreta, causando esforço vocal e sendo sérios candidatos a terem nódulos nas pregas vocais. Elas necessitam de orientações sobre como usar a voz (higiene vocal) e buscar uma melhor forma de se comunicar.
Áreas de atuação do terapeuta da fala: Essencialmente em Jardins de Infância e Escolas de Ensino Regular e Especial, Hospitais Gerais e Especializados e Centros de Saúde e de Saúde Mental.
Este tema foi muito complexo e uma só reunião não foi suficiente para esclarecer todas as duvidas. Por isso na próxima reunião teremos a conclusão e, mas esclarecimentos desse assunto com a terapeuta Perla Moraes.
Obrigada ao apoio profissional:
Ana Henrichs: Ela trabalha prestando assistência psicológica as famílias vivenciando situações de crise, como também auxiliam as famílias ao acesso a serviços comunitários.
Rhea Smith: ela trabalha prestando assistência e defesa as famílias, especialmente para aqueles que falam Português.
Obrigada a presença das mães:
Aurilene Nascimento, Cristina Oliveira, Fernanda Rocha, Marlei Bassegio, Marlene Batista, Monica da Silva Vieira, Renata Silvano. Perla Moraes, Sara Negrini, Vanilde Ferreira, Virginia Novaes. A participação especial: Maria Cristina Lima que veio de Toronto no Canadá para assistir nossa reunião.
A próxima reunião será: Quinta-feira: 28 /junho / 2012, as 07:00 PM
Local: 529 Main Street, suíte 1102, Andar: M1 sala 1M3 Charlestown, MA 02129. O estacionamento é Gratuito. Apenas avise na portaria que você veio para uma reunião na Federação. Para quem vai de trem é a linha laranja e a Estação é a Sullivan Square