O tema foi: Bullying. Aprendemos a ver através dos olhos de uma vitima de bullying todos os momentos difíceis e como superou.
Biografia: Mike Mayes foi diagnosticado com autismo aos 18 meses, graduou-Mitchell College, em 2013. Mike trabalhou como orientador em sala de aula e líder dos jovens no verão. Mike sofreu bullying durante o ensino escolar, mas com coragem e determinação, ele superou os efeitos do bullying. Como resultado, ele manifesta seu profundo compromisso em ser aceito pelo que ele é — uma pessoa com autismo— e ajudando os outros a defender a si mesmos. Mike tem sido um palestrante motivacional há mais de seis anos. Ele fala sobre temas como crescer com autismo, bullying, transições e o impacto das leis de educação especial em pessoas no espectro. Seu objetivo como palestrante é dar aos pais a esperança, e para incentivar os profissionais ter grandes expectativas para seus alunos que estão no espectro do autismo. Mike tem sido um palestrante para Autism Speaks, à Fundação Flutie e para a Mass. Advocates para crianças. Mike tem demonstrado que com trabalho duro, comprometimento e perseverança pode conseguir o sucesso. Ele é uma inspiração para qualquer pessoa que tem uma condição do Espectro do Autismo.
“Essa matéria é um resumo do discurso de Mike, não contém detalhes, explicações, as respostas das perguntas feitas na reunião.”
Tradução do discurso de Mike Mayes sobre Bullying
Um tema delicado
• as pessoas ficam fisicamente e mentalmente machucadas
• é muito humilhante e vergonhoso
• altera a forma de agir das pessoas que têm sido intimidadas, eles podem tornar-se tímidas ou ficam relutantes em acreditar em pessoas
• faz as pessoas não querer ir a lugares onde eles foram intimidadas ou poderiam ser agredidas, limitando as atividades.
Onde acontece Bullying nas Escolas
• corredores
• banheiros
• cafeteria
• estacionamentos da escola
• quadras de esportes
• atividades depois da aula
• ônibus
• em qualquer lugar onde os provocadores sabem que podem se safar
• horas sem estrutura como recreio, almoço ou quando os adultos não estão prestando atenção ou não estão olhando os estudantes que poderiam ser vítimas.
Quem sofre bullying?
• qualquer pessoa pode sofrer bullying.
• Mas os alunos com deficiência têm de 3-4 vezes mais probabilidade de ser intimidado do que os alunos não-deficientes (a partir de um estudo sobre bullying em Massachusetts feito por Mass. Advocates).
Quem intimida os alunos?
• pessoas infelizes
• valentões que têm vida difícil em casa·
• atletas
• professores
• treinadores
• qualquer pessoa pode ser um provocador/ agressor
Eu sofri bullying
• Eu não contei a meus pais por um tempo
• Eu não contei a meus professores
• Eu estava com medo de ninguém acreditar em mim
• Eu não queria dizer, porque eu não queria ser um dedo-duro, ou um fofoqueiro
• Eu tentei ignorá-los, mas às vezes eu tinha que me defender
Por que foi tão difícil para eu conseguir ajuda
• Porque eu sou autista, eu tinha dificuldade para falar, e era muito difícil para eu explicar o que estava acontecendo comigo
• Eu pensava que as pessoas não acreditariam em mim se eu dissesse que estava sendo intimidado, porque eu não conseguia falar claramente e eu não era tão rápido quanto os outros alunos
• Levei muito mais tempo do que os outros alunos para entender se as pessoas não estavam sendo boas ou maldosas comigo
• Bullying não é apenas agressivo fisicamente. Eu teria entendido se alguém me desse uma rasteira, ou me desse um soco, mas compreender as palavras e, as intenções das outras pessoas eram à parte mais difícil para mim e para outras pessoas autistas
• Havia diferentes regras para diferentes pessoas poderem agir. Por exemplo, os atletas eram estrela e poderiam se sair bem de muitas coisas que os outros alunos não poderia se safar.
Que me ajudou?
• Meus amigos me diziam quando alguém estava sendo mau
• Alguns professores me diziam quando alguém era cruel
• Eu tive uma assessora que cuidou de mim - mesmo no colegial.
Eu aprendi a ser meu próprio defensor
• Meus amigos me ajudaram a manifestar-me
• Eles me diziam se alguém estava me usando e eles me diziam para eu enfrentá-los
• Às vezes, eles diziam para os valentões que me provocava para se afastar, só que não tão educado
• alguns alunos mentiram para mim sobre certos significados de palavras para que eu usasse em momento e contexto errado. Eles achavam que era engraçado. Não seria engraçado se eu não fosse o motivo da piada. Meus amigos explicavam os significados das palavras assim que eu não os usaria.
Defendendo a mim mesmo
• Se eu estava confuso ou com raiva, eu consultava com meu orientador/ conselheiro do colégio. Ele me ajudou a entender se eu estava sendo intimidado ou se não era bullying
• Eu confiei nele, porque eu sabia que ele não poderia mentir
• Eu tinha livre acesso para vê-lo sempre que eu quisesse
• Um dos meus treinadores não suportava pessoas sendo perversas a fim de se divertir. Ele me dizia que ele iria manifestar-se dizendo por mim para aquelas crianças maldosas pararem com isso.
Defendendo os outros
• Eu pressionei na Assembléia legislativa do Estado para obter aprovação do projeto de lei contra bullying em Massachusetts
• Eu falo sobre as minhas experiências de ser intimidado (assedio moral) para que outros possam aprender que é possível defender-se
• Eu ingressei em organizações e ações relativas aos direitos do deficiente e assim conhecer outras pessoas como eu
• Eu sou um defensor dos direitos dos deficientes para Mass Advocates for Children
Aprendi a ignorar Algumas delas
• Eu aprendi a me aceitar pelo que sou. Eu tenho pontos fortes e eu tenho dificuldades, mas para mim esta tudo bem.
• Foi difícil eu me aceitar, mas foi o que me fortaleceu
• Ninguém mais poderia me fazer sentir mal sobre eu mesmo
O que há de errado com as intimidações?
• valentões pensam que as pessoas com deficiência não sabe o que estão fazendo para elas. Eles acham que nós não temos sentimentos
• intimidadores se comportam de forma como eles sintam-se melhor sobre si mesmo
• Eles tentam fazer com que as pessoas se sintam inferiores a eles. Eles gostam de fazer as pessoas se sentir miserável.
• Não é patético?
Há leis que protegem os estudantes de intimidações
• Existem leis para todos os alunos, escolas têm inúmeros planos de prevenção de violência desde 2010
• Existem proteções para os alunos com deficiência (Leis de Direitos Civis-504)
• Existem proteções no IEP para os alunos que estão em risco de ser intimidado, porque eles têm autismo ou porque têm problemas sociais relacionados com a sua deficiência.
Proteções em IEP’s?
• Os alunos podem ser ensinados a reconhecer o que é o assédio moral e o que não é bullying
• Os alunos podem aprender quem é, e quem não é amigo
• Os alunos podem ser ensinados a defender-se
• Os alunos podem ser ensinados a denunciar o bullying para professores, pais, para outros alunos e administradores escolares
• Se os alunos relatam o bullying, é contra a lei a revanche contra eles para contar que eles foram intimidados
Como eu sinto agora!
• Era difícil não ser intimidado pelos valentões quando eu estava na escola
• Mas eu olho para onde estou agora, em comparação com as pessoas que me maltratavam
• Minha vida é bem mais feliz do que o que eu vejo a vidas deles
• Eu tenho feito muito mais do que eles
• Eu vejo algumas das pessoas que me maltratavam na minha cidade, e eles não são mais tão
Obrigada ao apoio profissional:
Ana Henrichs: Ela trabalha prestando assistência psicológica as famílias vivenciando situações de crise, como também auxiliam as famílias ao acesso a serviços comunitários.
Rhea Smith: Ela trabalha prestando assistência e defesa as famílias, especialmente para aqueles que falam Português.
Obrigada a participação especial:
Arlene
Hijara, Ed.D.
Juliana Bertolado
Director of Special Education Proprietária
da escola de Idiomas WizardEverett Public Schools 563 Broadway,
Obrigada a presença:
Fernanda Rocha, Edson da Silva, Joseleide Ribeiro, Gloria Pinto, Cristian dos Santos, Cristina Matos, Regina Simões, Elias Ramos, Edson Mendonça, Julio Ramos, Jaqueline Reis, Welington Correia, Sibia Kelia, Vanilde Ferreira.